No início da década de 90, a Nintendo queria revitalizar o “Donkey Kong“, um personagem criado por Miyamoto no princípio da década de 80 e com um passado forte na companhia, em produções arcade e para os consoles que alcançarem um imenso sucesso, mas a dado ponto tornou-se “central” revitalizar a sua imagem e atribuir-lhe um aspecto contemporâneo ao game.
Com o “Super Nintendo” em evidência, surgiu a ideia de avançar para um novo projeto inovador: porque não criar uma nova série devolvendo um dos protagonistas mais conhecidos por parte da Nintendo aos fãs? Foi aí que “Shigeru Miyamoto” teve uma brilhante ideia!
Com Miyamoto envolvido em outros projetos, nomeadamente em produções 3D e a planificação da Nintendo 64, a Nintendo pensou como diretor do novo jogo, o britânico “Tim Stamper” que desde os tempos da NES procurava convencer a Nintendo a publicar-lhe os seus projetos para o console. Assim começou a Rare, tendo durante anos contribuído com sucesso o estabelecimento de séries, como Donkey Kong Country, GoldenEye 007, Killer Instint, entre outros, cuja propriedade ficou em seu poder como “Banjo & Kazooie” e “Conker”.
Juntamente com o designer “Gregg Mayles” e sempre com a supervisão de Miyamoto, como medidor e gerente de qualidade do produto, Tim começou utilizar uma das ferramentas detidas pelo estúdio: o Advanced Computer Modelling que oferecia a vantagem de transportar modelos 3D para um cenário 2D interativo. Do ponto de vista gráfico, o potencial oferecido pela ferramenta era colossal e a Nintendo não enjeitou a oportunidade em tirar partido do talento destes produtores.
Quase 22 anos depois da estreia de Donkey Kong Country, sendo lançado em 24 de novembro de 1994, o seu gráfico 2,5 D ainda merece comentários pela especial renderização, potenciando muitos efeitos tridimensionais, como rotações, profundidades. O game se enquadra no gênero de plataformas. Contudo, não é um jogo tão recheado de “power ups”, saídas alternativas e pequenos detalhes como oferecem Super Mario World ou Yoshi’s Island, seguramente dois games de referência, e talvez as mais sólidas e melhores produções 2D de plataformas criadas.
“Donkey Kong Country” é um game simples e linear, onde até o movimento dos inimigos chega ao básico, causando dificuldades apenas pelos saltos, forçando o jogador a se adaptar as suas ações, para não cair e perder tudo. Além disso, há muitas bananas para acumular e trocar por preciosos items, assim como as famosas letras que formam a palavra “Kong“, por vezes muito bem escondidas.
O game é o primeiro título de uma trilogia que alcançou um sucesso ímpar no Super Nintendo, tendo sido um dos jogos mais vendidos, com aproximadamente 9,3 milhões de unidades. Relevante no contexto das plataformas e tido como um dos mais nostálgicos, o seu sucesso esteve na base da decisão da Nintendo em lançar Donkey Kong Country Returns em 2010 para a Wii.
E você, o que acha do game da Nintendo? Épico? Diga nos comentários!
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