Você já parou para se perguntar como a internet é distribuída para o mundo? É certo que, durante uma partida de um game, por exemplo, aquele pequeno “lag” acaba atrapalhando a sua possível vitória, você já sabe qual deve ser o próximo passo: xingar, gritar e praguejar loucamente contra o mundo da internet e essa maldita conexão. Entretanto, você sabe como é transmitido essas informações? Saiba mais na íntegra com esse meu artigo especial remasterizado!
Contudo, às vezes também é bom pensarmos em como a união entre os mundos real e virtual é incrível. Sim, pois é graças às enormes estruturas de comunicação desenvolvidas mundo afora que você consegue disputar essas partidas e conversar com seus amigos nos Estados Unidos, por exemplo.
Por outro lado, ao contrário do que muitas pessoas imaginam, as informações da internet não são transmitidas somente por satélites que orbitam a Terra, mas por uma gigantesca rede de Backbones submarinos que cruza os oceanos de nosso Planeta Terra.
Antes de entender como funcionam os cabos transoceânicos é preciso saber o que são os Backbones. Em outras palavras, podemos afirmar que eles são a “espinha dorsal” de praticamente todas as trocas de informações dentro do mundo virtual que conhecemos atualmente.
Para exemplificar melhor, quando você envia uma mensagem para algum amigo, por exemplo, esta mensagem sai do seu computador, passa pelo modem e é entregue ao seu provedor de internet. Em seguida, essa empresa “despeja” os dados em uma rede de conexões capaz de levar tudo isso até um Backbone.
O Backbone, por sua vez, funciona como uma estrada principal, ou seja, uma grande avenida de fibra óptica, que trabalha transferindo as informações de forma ultrarrápida até uma nova rede de dados – fazendo, assim, com que a sua mensagem seja entregue com êxito ao destino da forma mais veloz possível.
Atualmente, os Backbones não só cruzam diversos países, como também interligam seis dos sete continentes do nosso planeta – somente a Antártica ainda não conta com uma ligação do gênero. Esses cabos atravessam os mares de todo o Planeta Terra e fazem com que a troca de informações entre os países seja rápida e (quase sempre) eficiente.
Ao todo, são milhares de quilômetros de fibra óptica – que respondem por cerca de 99% das conexões do nosso planeta. Estes “cabos submarinos” contam com uma capacidade total de troca de dados tão incrível que, se utilizada de uma vez só, já ultrapassaria a faixa de 7 terabytes por segundo.
Dessa forma, é possível percebermos que somente 1% da internet é coberta pelos satélites, uma vez que eles apresentam uma conexão bem mais lenta. Dessa forma, eles acabam trabalhando somente como uma espécie de “plano B”, uma garantia para o caso de algum acidente com os cabos acontecer.
Com isso, os Backbones marinhos crescem cada vez mais (sim!). Atualmente, o maior cabo de todos é o SeaMeWe 3. Ele conecta nada menos do que 32 países, saindo da Alemanha e chegando até a cidade de Keoje, na Coreia do Sul. Ao todo, o cabo Backbone possui aproximadamente 39 mil quilômetros de comprimento e cerca de 40 pontos diferentes de conexão.
Como você deve imaginar, a instalação dos Backbones submarinos é realizado de uma maneira diferente. Obviamente, o contato humano é bastante “limitado” devido às dificuldades que o ambiente proporciona. Por isso, a primeira etapa é realizar uma cuidadosa avaliação dos locais que receberão os cabos submarinos. O caminho deve ser o mais plano possível, não contando com fendas, oscilações de terreno ou possibilidades de tremores que possam influenciar de maneira negativa na qualidade do sinal.
Depois, o próximo passo é iniciar a instalação dos Backbones. Tudo ocorre basicamente em duas frentes distintas. Enquanto um navio especializado navega vagarosamente despejando os metros de cabos, um robô-submarino os posiciona delicadamente no leito dos mares, realizando uma pequena escavação e os instalando em uma espécie de trilha “plana” – não terra plana.
Atualmente, existem planos para aumentar ainda mais a velocidade de transmissão, uma vez que há novos cabos e fibras ópticas sendo desenvolvidas constantemente, além de serem cada vez maiores as distâncias cobertas pelos Backbones e os intervalos entre um repetidor de sinal e outro. Para se ter uma ideia, já está em desenvolvimento o SeaMeWe 5, uma nova rede com mais de 20 mil quilômetros e com uma incrível capacidade de 24 terabytes por segundo (sim!).
E você, o que achou dessa curiosidade? Compartilhe a sua opinião conosco! 🙂
Com Informações Importantes: Wikipédia, Quora