Review: Battlefield 1

Após anos disputando com a franquia “Call of Duty“, o pódio de melhor e mais jogado FPS de guerra moderna trouxe novidades. Nesta última edição, a EA Games resolveu apontar para o passado, retrocedendo à Primeira Guerra mundial, uma época que em geral, foi bastante ignorada pelos games de tiro em primeira e terceira pessoa. A tática funcionou, tendo atraído atenção tanto pelo seu trailer quanto pela proposta inovadora do game.

“Battlefield 1” cumpre bastante sua proposta inicial, trazendo de volta a jogabilidade que já se tornou clássica à Battlefield para uma realidade da Primeira Guerra Mundial. A pesquisa histórica foi muito bem realizado, com uma dublagem impecável. Em outras palavras, é impossível começar a jogar BF1 e não sentir que se está em um jogo “diferente” do comum.

É notável que há grandes diferenciais em relação aos demais jogos da franquia, como, por exemplo: as armas antigas utilizadas, além de toda a parte estética e gráfica que, que se destaca bastante e enchem nossos olhos. Realmente, “Battlefield 1” está belo e imersivo, embora não traga uma grande evolução em seu realismo gráfico em comparação ao BF4.

Em nossa análise, fica evidente o downgrade gráfico comparado aos trailers, o que já era esperado, mas que não devemos considerar normal. Ainda assim o gráfico surpreende, e tudo isso muito bem otimizado para o PC. O mesmo se repete aos servidores, que mesmo numa beta, funcionaram perfeitamente.

As novidades desta edição de Battlefield estão bem interessantes. As mudanças climáticas realmente afetam o fluxo do jogo. Uma tempestade de areia durante um mapa no deserto, por exemplo, pode acabar com toda a estratégia, tornando bastante difícil o uso da classe dos batedores e restringindo até mesmo as ações de classes mais orientadas à linha de frente.

Os cavalos estão presentes sim, como os trailers já haviam apontado, mas infelizmente não é possível fazer grandes cargas de cavalaria, já que apenas dois deles parecem “surgir” ao mesmo tempo. Ainda assim, é muito divertido jogar montado, e matar inimigos com o sabre de cavalaria é bastante empolgante.

A jogabilidade foi facilitada em alguns cantos e dificultado em outros por questões históricas. Matar um inimigo parece ser algo mais fácil, mesmo levando em conta a mira “ruim” das armas. Entretanto, o controle de aviões é algo para os que já estão acostumados. Os aviões são lentos e fazem curvas bem abertas, tanques (e outros terrestres) são bem menos tecnológicos e por incrível que pareça são mais variados.

Apesar de suas qualidades, é possível apontar alguns poréns no game, que dificilmente serão corrigidos. De fato as armas tem uma jogabilidade um tanto diferente do comum, no entanto, mesmo assim elas parecem rápidas demais do que seria apropriado para a Primeira Guerra Mundial. Na verdade, todo o jogo parece rápido demais para a primeira guerra.

Apesar de “Battlefield 1” parecer bastante com a Primeira Guerra Mundial, o jogo não é “guerreado” como essa época, e ele não lembra tanto uma guerra de trincheiras como poderia, mais parecendo os títulos anteriores transportados para a “World War I” do que realmente uma tentativa de se criar um estilo de jogo voltado para esta época.