“Watch Dogs 2” é o mais novo game de ação em terceira pessoa da Ubisoft. Com versões para PlayStation 4, Xbox One e PC, o título conta a história de Marcus Holloway e seu grupo de hackers na luta contra o “ctOS 2.0“, em São Francisco. Confira a minha análise completa do grandioso game de mundo aberto!
A nova sequência de Watch Dogs é basicamente o que o primeiro jogo deveria ter sido. A começar pela narrativa. A pauta de vingança, explorada de forma rasa pelo desinteressante protagonista Aiden Pearce, foi deixada de lado para dar lugar a um novo e moderno grupo de hackers.
Embora a temática seja semelhante, Watch Dogs 2 é um game muito melhor por não se levar tão a sério a vingança. Logo no início, o protagonista Marcus Holloway é recrutado pelo grupo de hackers “DedSec”, cujo objetivo é desestruturar a versão 2.0 do sistema operacional da cidade de São Francisco, instalado pela “Blume Corporation”.
O plano dos hackers para derrubar a rede de dados pessoais é executar ataques virtuais subsequentes em alvos pontuais. Para realizar o feito, Marcus deve cumprir favores a pessoas influentes e participar de diversos desafios, a fim de elevar a popularidade do nome “DedSec” e, consequentemente, ampliar o seu número de seguidores.
O interessente é que o novo game da Ubisoft faz diversas referências a celebridades, figuras e organizações do mundo real, seja do mundo tecnológico ou não, como Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, o rapper Kanye West e o coletivo Anonymous, associado ao “hacktivismo“. A versão satirizada da nossa realidade, complementada com diálogos bem construídos e toques de humor, é o que dita o ritmo da história do game.
Os hackers coadjuvantes, assim como Marcus Holloway, esbanjam muito, mas muito carisma, o que é um ponto bastante positivo, tendo em vista que o último game apresentou personagens mal desenvolvidos. Apesar de o protagonista falar pouco, há motivos de sobra para gostar dele e de suas ações.
Diferente da metrópole acinzentada de Chicago, carta do primeiro Watch Dogs, São Francisco está muito bem representada com pontos turísticos fiéis à realidade. Cores vibrantes e detalhes minuciosos nos ambientes tornam o mundo aberto de Watch Dogs 2 um dos mais bonitos entre todos os jogos já desenvolvidos pela própria Ubisoft.
O resultado final é um mundo incrível, com personagens e gráficos realistas de cair o queixo. Porém, de acordo com alguns usuários, o game sofre com alguns problemas de bugs, além de quedas ocasionais na taxa de quadros – principalmente no PS4 Pro por proporcionar um visual acima da média –, mas nada que seja capaz de comprometer a experiência.
Em aspectos de jogabilidade, um dos principais pontos é que as mecânicas de hack, aqui, funcionam. O número de interações com elementos do cenário é muito maior em comparação ao antecessor, e todas as ações são executadas de forma natural – semáforos hackeados não provocam mais acidentes exagerados e fora da realidade, por exemplo. Obrigado Ubisoft! 🙂
O player consegue controlar quase todos os objetos que compõem o ambiente, desde guindastes e sinais de trânsito a veículos e sistemas de segurança avançado. Se no primeiro Watch Dogs a diversão era bloqueada pelas mecânicas de hack limitadas, agora, a sensação é de ter assumido controle total da cidade de San Francisco.
Além disso, Marcus tem à disposição dois periféricos tecnológicos projetados por meio de uma impressora 3D: um drone padrão para facilitar a exploração no ar – disponível para compra após as missões iniciais – e um carrinho de controle remoto, oferecido logo no início da jogatina. Em outras palavras: genial!
Outra melhoria considerável é a IA, a famosa inteligência artificial, que está bem mais refinada, comparado a versão anterior. Como não é permitido carregar e esconder corpos, o nível de dificuldade foi amplificado. À vista disso, é preciso pensar duas vezes antes de derrubar o inimigo em sua posição atual.
Ainda assim, o sistema de habilidades também foi consideravelmente expandido. Agora, Marcus pode se especializar em três tipos de combate: trapaceiro, fantasma e agressor. Ao atuar como trapaceiro, ele recorre a dispositivos tecnológicos para derrubar os rivais, enquanto o fantasma é voltado unicamente às ações furtivas.
Agora, ao atuar como agressor, o personagem utiliza armas letais e aguenta trocar tiros.
As especialidades de combate são super bem-vindas, já que deixam o player livre para moldar o personagem de acordo com o estilo de gameplay desejado. Mesmo com toda essa liberdade, Watch Dogs 2 funciona melhor como um game stealth, uma vez que seus quebra-cabeças e desafios foram projetados para serem resolvidos de forma sorrateira.
“Watch Dogs 2” pode ser definido como um dos games de mundo aberto mais diversificados da atual geração. Além disso, desde o lançamento oficial de Grand Theft Auto 5 o mercado está “carente” de um game ambicioso com ambientação urbana complexa. Certas tarefas se repetem de vez em quando, mas a qualidade do conteúdo é inquestionável.
O componente online, por sua vez, é integrado ao modo campanha e traz modos competitivos e cooperativos. O personagem pode concluir objetivos multiplayer a partir do mapa da campanha single-player, que destaca as missões online em roxo, sendo uma adição super bem-vinda.
Durante a análise do game, o modo online apresentou problemas de conexão. Por conta disso, não foi possível experimentar todos os recursos, mas pode-se perceber que as partidas têm a mesma proposta do primeiro Watch Dogs, com perseguições entre usuários e confrontos intensos de hack.
My opinion
- Graphics
- Interface
- Fun
- Gameplay
- Functionalities
Conclusion
“Watch Dogs 2” acerta em quase tudo a que se propõe ao jogador. Em vez de tentar reinventar a fórmula, a Ubisoft entregou o que havia prometido com o anúncio do primeiro game: uma experiência robusta em que o jogador pode ter pleno domínio do mundo ao qual pertence. De fato, foi preciso formatar o sistema e recomeçar do zero para a franquia receber o devido prestígio que merece.
My opinion
- Graphics
- Interface
- Fun
- Gameplay
- Functionalities
Conclusion
“Watch Dogs 2” acerta em quase tudo a que se propõe ao jogador. Em vez de tentar reinventar a fórmula, a Ubisoft entregou o que havia prometido com o anúncio do primeiro game: uma experiência robusta em que o jogador pode ter pleno domínio do mundo ao qual pertence. De fato, foi preciso formatar o sistema e recomeçar do zero para a franquia receber o devido prestígio que merece.